Leia o texto a seguir.
A Grande Depressão confirmou a crença de intelectuais, ativistas e cidadãos comuns de que havia alguma coisa
fundamentalmente errada no mundo em que viviam. Quem sabia o que se podia fazer a respeito? Certamente
poucos dos que ocupavam cargos de autoridade em seus países e com certeza não aqueles que tentavam traçar
um curso com os instrumentos de navegação tradicionais do liberalismo secular ou da fé tradicional, e com
cartas dos mares do século XIX, nas quais era claro que não se devia mais confiar.
HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 86.
O texto citado revela que as mais bem-sucedidas medidas econômicas utilizadas para combater os efeitos da
Crise de 1929 advieram de novas posturas em relação às teorias econômicas vigentes, como aquelas colocadas
em prática pelo presidente norte-americano Franklin Roosevelt. Essas medidas consistiram basicamente
a) na adoção dos chamados Planos Quinquenais, de inspiração soviética, aumentando a presença do
Estado em setores estratégicos da economia.
b) no aumento dos gastos públicos, por inspiração dos preceitos keynesianos, para estimular a criação de
empregos e amparar socialmente os trabalhadores.
c) no estímulo e ocupação da fronteira agrícola do oeste para aumentar a produção de alimentos e
consequentemente diminuir os efeitos da fome.
d) no apego a uma ortodoxia financeira liberal, procurando manter o equilíbrio do orçamento por meio de
cortes de despesas públicas.
e) na manutenção do padrão-ouro como base das transações internacionais e como antídoto para combater
os efeitos da hiperinflação.