Leia a última estrofe do poema “Madrigal Lúgubre”, da obra Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de
Andrade.
-.. Enquanto fugimos para outros mundos,
que esse está velho, velha princesa,
palácio em ruínas, ervas crescendo,
lagarta mole que escreves a história,
escreve sem pressa mais esta história:
o chão está verde de lagartas mortas...
Adeus, princesa, até outra vida.
A imagem das lagartas mortas representa não só a morte de um ser, como também a morte de novas formas de
vida que poderiam vir a ser, ou seja, aquelas em que as lagartas poderiam se transformar.
a) Com exceção de insetos, cite um animal que, durante seu desenvolvimento, apresente uma forma que possa
substituir “lagartas” em sua função simbólica no poema.
b) Qual é o modo de ver a “história” representado pela imagem das “lagartas mortas”, no poema?