Zygmunt Bauman (1925-2017), sociólogo
autor de debates teóricos sobre a pós-modernidade
ou, como ele denomina, a modernidade líquida, faz
uma análise crítica ao que ele chamou de “amizade
Facebook”, própria desses tempos de redes sociais-
virtuais e das novas tecnologias de comunicação e
informação. Em entrevista concedida ao projeto
Fronteiras do Pensamento no ano de 2011, que é
parte da programação do Café Filosófico CPFL - tal
entrevista de Bauman é facilmente encontrada no
site de compartilhamentos de vídeos Youtube -,
este sociólogo conta que um “viciado em Facebook”
se gabou que tinha feito em um dia, apenas, 500
novas amizades, nesta referida rede social-virtual.
Bauman retrucou, no entanto, dizendo que ele, na
época com 86 anos, não tinha conseguido ter tantos
amigos durante toda a sua vida. Porém, Bauman
afirma que, provavelmente, os significados de
“amigo” que ele e o referido “viciado em Facebook”
possuem não são os mesmos, mas são, na verdade,
bem diferentes.
Sobre os significados dessa “amizade Facebook” e
da concepção de “amigo” que Bauman aponta ser
diferente, é correto dizer que
A) a diferença entre o tipo de “amizade Facebook”
do tipo de “amizade” a que Bauman se referiu
reside no fato de que, na primeira, é mais difícil
se desfazer dos amigos.
B) as “amizades” feitas por meio do Facebook ou
do Instagram não partem da concepção de
comunidade ou de laços humanos, mas da ideia
de redes de contato.
C) as amizades podem ser facilmente feitas nas
redes virtuais-sociais, mas, diferente de outras,
têm a possibilidade de ser duradouras e
sinceras.
D) amizades feitas pela convivência e confiança
são próprias desses tempos da modernidade
líquida, onde tudo é liquefeito rapidamente.