Leia o seguinte trecho de um texto sobre as Comissões da Verdade na América Latina nos séculos XX e XXI:
A América Latina é um rico cenário para exemplos de como o reconhecimento e a responsabilização podem se mostrar
custosos. Leis de anistia feitas pelos próprios governos militares foram muito comuns. No Brasil, a lei foi aprovada em 1979
[...]. Em muitos paises da América Central e do Sul, ha uma tradição de impunidade e esquecimento. Soldados e membros das
forças de segurança torturaram e mataram centenas de pessoas sem medo de punição. Na Guatemala, Peru e Colômbia, as
cortes militares se recusavam a condenar oficiais acusados de violações aos direitos humanos [...]. No entanto, devido à
pressão de setores importantes da sociedade civil, a maioria dos governos democráticos tem revisto a opção pela amnésia e
criado comissões de verdade para investigar as violações ocorridas.
(PINTO, Simone Rodrigues. Direito à Memória e à Verdade: Comissões de Verdade na América Latina. Revista Debates, Porto Alegre, v. 4,
n. 1, jan.-jun. 2010, p. 133-134.)
A partir do excerto acima e dos conhecimentos sobre a historia politica do Brasil nas decadas de 1960 a 1980, responda:
a)
b)
O que foi a lei da anistia no Brasil em 1979, a quem ela afetou e de que forma?
Tendo em vista os trabalhos da Comissao Nacional da Verdade no Brasil entre 2012 e 2014, a lei da anistia foi revogada em
nosso país após a divulgação dos resultados da Comissão?
O que foi o processo da chamada “abertura” política, iniciada a partir de 1974, quais foram as suas características e quem
foram os atores sociais envolvidos e com quais interesses?