“Eu tinha muito medo, estava sozinha, não tinha como
não trabalhar. Ela não me deixava amamentar meu filho pela
manhã, dizia que eu perderia tempo.” (Dora E. A. Calle)
“Quando eu precisava sair da casa, sempre tinha que pe-
dir a chave. E nessa hora a chave sempre sumia.” (Raul G.
P. Mendoza)
“À casa onde eu trabalhava tinha outros 14 bolivianos,
que, assim como eu, queriam guardar dinheiro e voltar para
nosso país. Mas não é bem assim que acontece.” (Alicia V.
Balboa)
(Bárbara Forte. “Tecendo sonhos”.
https://noticias.bol.uol.com.br, 09.05.2019. Adaptado.)
Esses depoimentos retratam a realidade vivida por imigran-
tes bolivianos que trabalharam no setor têxtil da capital pau-
lista. Os depoimentos evidenciam
A) a competitividade da Divisão Internacional do Trabalho.
B) a relação de trabalho análoga à escravidão.
(A)
(B)
(C) o processo de segregação estimulado pela xenofobia.
(D) a flexibilização das leis trabalhistas.
(E)
E) o descompasso do trabalho formal com as mudanças da
globalização.