A mídia é estética porque o seu poder de convenci-
mento, a sua força de verdade e autoridade, passa por
categorias do entendimento humano que estão pautadas
na sensibilidade, e não na racionalidade. A mídia nos in-
fluencia por imagens, e não por argumentos. Se a pro-
paganda de um carro nos promete o dom da liberdade
absoluta e não o entrega, a propaganda política não vai
ser mais cuidadosa na entrega de suas promessas sim-
bólicas, mesmo porque ela se alimenta das mesmas cate-
gorias de discurso messiânico que a religião, outra grande
área de venda de castelos no ar.
(Francisco Fianco. “O desespero de pensar a política na sociedade do
espetáculo”. http://revistacult.uol.com.br, 11.01.2017. Adaptado.)
Considerando o texto, a integração entre os meios de co-
municação de massa e o universo da política apresenta
como implicação
(A) a redução da discussão política aos padrões da pro-
paganda e do marketing.
(B) a ampliação concreta dos horizontes de liberdade na
sociedade de massas.
(C) o fortalecimento das instituições democráticas e dos
direitos de cidadania.
(D) o apelo a recursos intelectuais superiores de interpre-
tação da realidade.
(E) a mobilização de recursos simbólicos ampliadores da
racionalidade.