TEXTO | TEXTO II
No verão de 1954, o artista Robert Rauschenberg
(n.1925) criou o termo combine para se referir a suas
novas obras que possuíam aspectos tanto da pintura como
da escultura.
Em 1958, Cama foi selecionada para ser incluída em
uma exposição de jovens artistas americanos e italianos
no Festival dos Dois Mundos em Spoleto, na Italia.
Os responsáveis pelo festival, entretanto, se recusaram a
expor a obra e a removeram para um depósito.
Embora o mundo da arte debatesse a inovação de
se pendurar uma cama numa parede, Rauschenberg
considerava sua obra “um dos quadros mais acolhedores
que já pintei, mas sempre tive medo de que alguém
quisesse se enfiar nela”.
RAUSCHENBERS, R. Cama. Óleo € lápis em travesseiro, colcha € folha em suporte de madeira. DEMPSEY, A. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopédico da arte moderna.
191,1 x 80 x 20,3 cm. Museu de Arte Moderna de Nova York, 1995. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
Disponível em: www.moma.org. Acesso em: 8 jun. 2017.
A obra de Rauschenberg chocou o público na época em que foi feita, e recebeu forte influência de um movimento
artístico que se caracterizava pela
dissolução das tonalidades e dos contornos, revelando uma produção rápida.
exploração insólita de elementos do cotidiano, dialogando com os ready-mades.
repetição exaustiva de elementos visuais, levando à simplificação máxima da composição.
incorporação das transformações tecnológicas, valorizando o dinamismo da vida moderna.
geometrização das formas, diluindo os detalhes sem se preocupar com a fidelidade ao real.
VOOS