Os historiadores não estão de acordo quanto ao
nome das tribos selvagens que, no tempo do descobri-
mento, habitavam entre Cabapuana e o Rio Doce, mas
sabe-se que, na época em que o Rei D. João Ill repartiu
o litoral do Brasil, doou, em 1534, a Província do Espírito
Santo ao nobre português Vasco Fernandes Coutinho. Os
portugueses conseguiram, inicialmente, muitas vitórias
sobre os apavorados indígenas. Mas, exasperados pelas
crueldades dos portugueses, os índios destruíram as
plantações de seus inimigos, queimaram-lhes as casas e
massacraram todos quantos lhes caíram nas mãos.
(Auguste de Saint-Hilaire. Viagem ao Espírito Santo e
Rio Doce, 1974. Adaptado.)
O francês Saint-Hilaire visitou, de 1816 a 1822, várias
partes do Brasil. Seu relato, feito a partir do que viu na
região do atual estado do Espírito Santo, revela um
aspecto presente na colonização do país:
(A) a oposição das comunidades indígenas aos proces-
sos econômicos de extração das riquezas florestais
por meio do escambo.
(B) o estado de guerra entre colonizadores e colonizados
derivado, muitas vezes, da escravização da mão de
obra indígena.
(C) o confinamento das nações indígenas em reduções
jesuíticas com a finalidade de aculturá-los e cristia-
nizá-los.
(D) a aliança de tribos indígenas com corsários e inva-
sores estrangeiros de territórios litorâneos da colônia
brasileira.
(E) a imposição pelos comerciantes europeus de baixos
preços às mercadorias indígenas de exportação,
como as drogas do sertão.