Eu acho que a anistia foi a solução, mas ela não foi com-
pleia. Quer dizer, não podiam ser anistiados aqueles que ma-
faram torturando, porque esse é um crime inafiançável. Quem
mata calmamente, friamente, tem de sofrer um processo e tem de
sofrer também as consequências do seu ato. Isso nunca foi exe-
cutado no Brasil como foi executado na Argentina com todos os
generais. O Brasil fez uma anistia pela metade, mas nós ficamos
contentes porque não houve derramamento de sangue.
(D Paulo Evaristo Ams. Cult, margo de 2004)
Segundo a declaração de D. Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de
São Paulo entre 1970 e 1998, a Lei da Anistia no Brasil, de 1979,
(A) perdoou opositores e defensores do regime militar e, a des-
peito de suas imperfeições, impediu confrontos e mortes en-
tre setores políticos rivais.
(B) inspirou-se na lei de anistia argentina, que julgou e conde-
nou militares que mataram e torturaram durante o regime
militar.
(© foi inútil, uma vez que não puniu aqueles que atuaram, du-
rante o regime militar, nos órgãos de repressão política e
policial.
(D) foi equivocada, pois determinou o posterior levantamento,
análise e julgamento dos crimes cometidos durante o perío-
do do regime militar
(E) beneficiou os opositores do regime militar e condenou aque
les que os reprimiram por meio da violência e da tortura,