Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele
poderia esperar a constante aprovação de suas políticas, ex-
pressa no voto popular na Assembleia, mas suas propostas
eram submetidas à Assembleia semanalmente, visões alterna-
tivas eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia
abandoná-lo, bem como suas políticas, e ocasionalmente as-
sim procedeu. A decisão era dos membros da Assembleia, não
dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da neces-
sidade de liderança não era acompanhado por uma renúncia
ao poder decisório. E ele sabia disso.
(Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.)
Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no
século V a.C., o texto afirma que
(A) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora
ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia.
(B) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos
na Assembleia demonstrava o caráter indireto da demo-
cracia.
(C) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o
que revelava a participação direta dos cidadãos na condu-
ção política da cidade.
(D) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos,
submetendo-se a partir de então ao seu poder e às suas
decisões.
(E) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na
Assembleia, pois poderiam assim provocar impasses po-
líticos.