Normalmente numa discussão em grupo, de amigos ou
mesmo enire pessoas de classe e de cultura diferentes, ao
tratar de um assunto polêmico, é fácil e também legítimo
observar que cada pessoa manifesta opinião própria em
razão de sua formação, classe social, educação e cultura.
Tal como na situação a seguir:
No leito de morte, Ribeiro, um ateu convicto, recebe o amigo
Leonardo, um cristão autêntico para uma última conversa.
Leonardo: — você não será recebido por Deus Pai, mas
Mãe!
Ribeiro: — Será uma deusa!
Leonardo: — Sim, e, por sua demora, terá muitos afagos e
muita festa!
Ribeiro: — Muita farra pelo visto... ah, como eu gostaria que
fosse verdade!... invejo você por ter fé... eu não tenho.
Leonardo: — não importa a fé, mas o amor. E toda sua vida é
um ato de amor; aos famintos, às crianças abandonadas,
aos índios marginalizados, aos negros, às mulheres
oprimidas...
Ribeiro: — Continuo nao acreditando, mas gosto de farra.
Em situações como a descrita acima, parece que a
discussão não chega a um acordo, o da aceitação de uma
vida pós-morie com os divinos conforme as tradições
religiosas nos expõem. Porém, nem sempre esse acordo é
possível, sobretudo quando temos posições diferentes e as
radicalizamos.
Questão 32
A impossibilidade de acordo, do ponto de vista filosófico,
ocorre, sobretudo, quando se está diante de um
a) indutivismo, visto que o somatório de todas as opiniões
se equivalem.
b) criticismo, em razão das pessoas serem críticas sobre as
opiniões alheias.
c) criacionismo, porque Deus existe e é a causa criadora
de todas as coisas.
d) relativismo, devido às pessoas se alojarem em posições
particulares.
e) sofisma, pois as pessoas nunca falam realmente o que
pensam.