Até o século XIV, houve uma doença muito disseminada
e muito temida: a lepra. Nas cidades, foram construídos hos-
pitais especializados para os leprosos. [...] Como se pensava
que a lepra era contagiosa, os leprosos que andavam pelas
ruas deviam sacudir uma espécie de sineta, a “matraca”.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
Alepra (ou hanseníase) era temida na Idade Média porque
(A) o conhecimento científico era precário, desconhecia-se
que a doença era facilmente curável e que só era trans-
mitida pelo contato sexual entre as pessoas.
(B) a única cura conhecida da doença dependia de poções
e unguentos mágicos, mas a Igreja católica impedia a di-
vulgação desses rituais de feitiçaria.
(C) representava, além do risco do sofrimento e da morte, a
existência de preconceitos sociais e a crença de que a
doença era uma manifestação da vontade e do castigo
divinos.
(D) foi mais devastadora que a peste negra, que era dissemi-
nada pelas pulgas dos ratos e que atingia principalmente
os moradores das áreas rurais.
(E) era frequentemente confundida com a disenteria, origi-
nária da América, que provocou milhões de mortes nas
áreas centrais e orientais da Europa, entre a Idade Média
e a Idade Moderna.