Leia o poema a seguir:
PADRÃO
O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.
13-9-1918
Mensagem. Fernando Pessoa. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1934.
Nesse poema de 1918, o poeta Fernando Pessoa recorda um momento fundamental para a história
moderna. Qual seria esse momento?
a) O Monoteíismo
b) O Absolutismo
c) A Reforma Protestante
d) As Grandes Navegações
e) A Queda de Constantinopla