Entre as décadas de 1910 e 1930, diversos países da
América Latina vivem a ascensão de governos
reformistas ao poder, que contavam com o apoio das
camadas médias urbanas que não se identificavam
com as oligarquias. Percebendo que as classes médias
e a classe trabalhadora urbana podiam ser ameaças às
oligarquias, esses grupos reformistas buscaram atrair
e controlar ambos: as classes médias, por meio de um
discurso progressista de modernização, e a classe
trabalhadora, através de legislações trabalhistas. Uma
vez alcançado o poder, os grupos reformistas
adotavam uma postura ditatorial, com o apoio dos
exércitos locais.
BETHEL, L. (org.). História da América Latina: de 1870 a
1930. Vol. V. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; Editora da
Universidade de São Paulo; Fundação Alexandre de Gusmão,
2002. Adaptado.
Uma das consequências dos governos reformistas e
dos radicalismos políticos das décadas de 1910-1930
na América Latina foi
a) o surgimento das políticas populistas na década de
1930, implantando um estilo de governo no qual o
poder pessoal do líder se confunde com o Estado,
como no México, Argentina e Brasil.
b) o enfraquecimento das classes médias e dos
proletariados, como na Argentina, que não
conseguiram se organizar contra as antigas oligarquias
no poder.
c) o surgimento de ditadores que se sucedem no poder,
até a década de 1990, organizando os países latino-
americanos nos moldes do neoliberalismo econômico,
como a Venezuela.
d) a organização dos movimentos estudantis como
partidos políticos, que lutavam desde 1910 por
reformas educacionais, como a gestão da universidade
compartilhada com alunos, como no Peru.
e) a intensa participação do Estado na economia, com
a nacionalização dos bancos e estradas de ferro
estrangeiras e a secularização da relação entre Estado
e Igreja, como no Brasil.