Aristóteles procurou explicar os fenômenos naturais a
partir de argumentos teleológicos. A palavra teleologia pro-
vém de dois termos gregos, telos (fim, meta, propósito) e
logos (razão, explicação), ou seja, uma “razão de algo em
função de seus fins” ou uma “explicação que se serve de pro-
pósitos ou de fins”. Na explicação teleológica, se algo existe
e tem uma finalidade, é porque existe uma razão para essa
finalidade. Neste sentido, uma explicação teleológica estará
centralizada na finalidade de alguma coisa. Por exemplo, na
explicação teleológica, nossos dedos são articulados para
que possamos manipular objetos, ao contrário da explicação
não teleológica, que afirma que manipulamos objetos porque
nossos dedos são articulados.
(Matheus de M. Silveira et al. Argumentos — Revista de Filosofia,
julho/dezembro de 2016. Adaptado.)
Considerando as características adaptativas dos organis-
mos, a teleologia
(A) refuta a proposta de Lamarck, no que concerne à trans-
missão dos caracteres adquiridos.
(B) contribui para a explicação da origem da variabilidade a
partir da ocorrência de mutações.
(C) contraria as fundamentações teóricas propostas pela
Teoria Sintética da Evolução.
(D) fortalece as explicações da Teoria Sintética da Evolução,
quanto ao resultado da ação da Seleção Natural.
(E) sustenta tanto as ideias evolucionistas de Lamarck como
as de Charles Darwin e da Teoria Sintética da Evolução.