A escassez global de semicondutores continua a ter estranhas
repercussões, sobretudo do ponto de vista geopolítico. Há um
ano as indústrias lutam para se abastecer com chips
eletrônicos que equipam aparelhos do dia a dia, de
computadores a torradeiras, passando pelas máquinas de
lavar e consoles de videogames. O episódio atual, no entanto,
surge em um contexto marcado por um questionamento geral
a respeito dos benefícios da globalização e do declínio da
atividade industrial no Ocidente.
Evgeny Morzorov. “Devemos temer um colapso eletrônico?”. Le Monde
Diplomatique Brasil, agosto/2021. Adaptado.
O texto refere-se a uma questão geopolítica contemporânea:
a disputa pelos semicondutores na indústria mundial. Sobre
esse assunto, indique a alternativa correta:
(A) A produção de semicondutores está concentrada no
sudeste asiático, nos países da 12 e 22 geração dos Tigres
Asiáticos, tais como Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura e
Indonésia.
(B) Nos últimos 20 anos, EUA e Europa vêm perdendo
destaque na produção de semicondutores em decorrência
da queda acentuada de investimentos em pesquisa e
inovação.
(C) A crise da falta de semicondutores revela um dos efeitos
negativos da globalização: a independência da cadeia
produtiva em escala mundial, pouco suscetível a
desequilíbrios de oferta e demanda.
(D) A Nova Divisão Internacional do Trabalho indica o predomínio
geoeconômico dos países do sudeste asiático, principais
produtores de semicondutores, que têm ampliado, através da
China, sua participação nesse setor desde sua democratização.
(E) A escassez de semicondutores é resultado de uma
interrupção momentânea da produção, em especial no
sudeste asiático, devido à falta de matéria-prima, que é o
início da cadeia produtiva.