A um grito de "Fora o vintém!”, os manifestantes começaram a espancar condutores,
esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois
pelotões do Exército ocuparam o Largo de São Francisco, postando-se parte da
tropa em frente à Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências
Sociais da UFRJ. A multidão dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias
seguintes, estava findo o motim do vintém. A cobrança da taxa passou a ser quase
aleatória. As próprias companhias de bondes pediam ao governo que a revogasse.
Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo ministério revogou o
desastrado tributo.
Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. A Guerra do Vintém. Revista de História, setembro/2007.
Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a Revolta do Vintém representou a manifestação
de segmentos populares descontentes com a decisão do governo de aumentar os preços das
passagens dos bondes puxados a burro, que trafegavam na então capital do Império.
Um dos principais efeitos dessa revolta naquele momento foi:
(A) politização dos oficiais militares
(B) privatização dos serviços públicos
(C) modernização dos meios de transporte
(D) enfraquecimento das instituições monárquicas