Em 2019, 66% das mulheres assassinadas no Brasil eram negras. Em termos relativos, enquanto a taxa de homicídios
de mulheres não negras foi de 2,5, a mesma taxa para as mulheres negras foi de 4,1. Em 2009, o total de mulheres
negras vítimas de homicídios foi de 2.419; em 2019, esse total passou para 2.468. No mesmo período, o número de
mulheres não negras vítimas de homicídio foi de 1.636 e 1.196 mulheres, respectivamente. Os dados são do Atlas da
Violência, produzido pelo Ipea e pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), publicado nesta terça-feira
(31/08/2021). Conforme o Ipea, a partir da classificação de raça/cor do IBGE, considerou-se “negras” a soma das
mulheres pretas e pardas, e “não negras” a soma das brancas, amarelas e indígenas.
Observe o gráfico abaixo sobre a evolução da taxa de homicídios femininos por 100 mil mulheres, por raça/cor.
6,0
5.0
40
3,0
Taxa de Homicidios
2,0
1,0
0,054 T T T T T T T T T T 1
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
1|—~*—— Negras | 2}-»—— Nao Negras
Atlas da Violência. Ipea/ Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2020. Adaptado
A partir dos dados acima, é CORRETO afirmar que
a) a evolução da taxa de homicídios femininos por raça/cor no gráfico acima mostra que
a redução da violência letal dos últimos onze anos se traduziu na redução da desigualdade racial.
b) em 2019, o risco relativo de uma mulher negra ser vítima de homicídio é cerca de 1,7 vezes maior do que o
de uma mulher não negra.
c) a menor taxa de homicídios entre mulheres negras e não negras foi em 2018, quando o risco relativo de uma
mulher negra ser vítima de homicídio é de 1,7 vezes maior do que o de uma mulher não negra.
d) a taxa de homicídio entre as mulheres negras e não negras reduziu na mesma proporção de cerca de 48,5%,
no período entre 2009 a 2019.
e) em onze anos, a taxa de mortalidade de mulheres não negras é cerca de 65,8% superior à de mulheres negras.