1. Um dos eixos da bipolaridade escravista que unia a África à América portuguesa girava, justamente, na
rota aberta entre as duas margens do mar por correntezas e ventos complementares. Na ida, a rota
principal seguia o inverso dos ponteiros do relógio, no sentido dos ventos oeste-leste, entre o Trópico de
Capricórnio e 30º5. Na volta, a rota principal seguia no sentido dos alísios de sudeste, abaixo da linha do
Equador. Na medida em que se zarpava com facilidade de Pernambuco, da Bahia e do Rio de Janeiro até
Luanda ou a Costa da Mina, e vice-versa, a navegação luso-brasileira que se desenvolveu naquelas rotas
foi transatlântica e negreira. Vários tipos de trocas uniam as duas margens do oceano.
(Adaptado de Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 61 - 63.)
Com base no excerto e em seus conhecimentos, responda às questões.
a) Explique a direção dos ventos alísios no Atlântico Sul e a sua funcionalidade no transporte marítimo da
Africa para o Brasil.
b) Cite e explique um exemplo de relação estabelecida entre o Brasil e a África na época da colonização
portuguesa na América.