Em 2017, a campanha de [Marine] Le Pen havia focado
principalmente no combate à imigração e na defesa de um
“Frexit”.
Agora, [...] as agendas anti-imigração, anti-União Euro-
peia e anti-islã, bandeiras tradicionais de Le Pen, passaram
a ser abordadas com um vocabulário menos explícito, em al-
guns casos adotando a linguagem dos defensores do Estado
laico e até do feminismo. Com o choque causado pela guerra
na Ucrânia, ela ainda tratou de minimizar sua admiração pelo
presidente russo, Vladimir Putin, embora seu partido, o Re-
agrupamento Nacional, tenha por anos cultivado laços próxi-
mos com o Kremlin. [...]
Críticos de Le Pen apontam que a forma pode ter muda-
do, mas o conteúdo permanece o mesmo. “Seus fundamen-
tos não mudaram: é um programa racista que visa dividir a
sociedade e é muito brutal. É um programa de saída da Euro-
pa, embora ela não o diga claramente”, afirmou [Emmanuel]
Macron recentemente.
(Jean-Philip Struck. “França terá segundo turno entre Macron e Le Pen”.
www.dw.com, 11.04.2022.)
Ao apresentar as discordâncias entre as duas candidaturas à
presidência francesa nas eleições de 2022, o excerto associa
a candidatura de
(A) Emmanuel Macron a movimentos de oposição ao projeto
de unificação europeia.
(B) Marine Le Pen a pautas e propostas tradicionais do neo-
fascismo francês.
(C) Marine Le Pen à luta pela ampliação dos direitos civis e
dos programas sociais.
(D) Emmanuel Macron ao ideário católico, em função de sua
crítica direta ao islamismo.
(E) Marine Le Pen ao ideário socialista, em função de seu
vínculo político com a Rússia.