Leia o texto a seguir:
A Phyllomedusa híbrida, triploide (39 cromossomos): um
ser improvável, de acordo com as regras clássicas da
evolução.
Uma perereca verde, das matas do Sudeste e Sul do
Brasil, ganhou o nome de Phyllomedusa tetraploidea por
causa de uma característica rara entre vertebrados, a
poliploidia. Cada célula somática dessa espécie abriga
quatro cópias de cada cromossomo, ou seja, é tetraploide.
Haddad e outros biólogos concluíram que a nova espécie
deve ser o resultado do cruzamento entre machos e fêmeas de uma espécie diploide (2n=26). A
tetraploidea pode cruzar com os parentais, a Phyllomedusa distincta ou um ancestral comum. é e
formar pererecas híbridas triploides (31=39). Isso, em geral, ocasiona a formação de descendentes
estéreis, mas, às vezes, o resultado pode ser um animal que Haddad chama de quase estéril, no
qual os cromossomos se organizam de modo a permitir a produção de uns poucos gametas viáveis,
“desrespeitando as definições clássicas de isolamento reprodutivo entre espécies diferentes”, diz
ele.
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/10/17/0s-primeiros-passos-de-novas-especies/ (Adaptado)
Sobre ploidia e especiação, assinale a alternativa CORRETA.
a)
b)
e)
A maioria dos vertebrados, dentre esses, peixes, anfíbios, aves, répteis e mamíferos, possuem
duas cópias de cada cromossomo em seus gametas e, por isso, são denominados diploides.
A P. tetraploidea é tetraploide porque os espermatozoides e óvulos, que a originaram, eram
diploides com duas versões de cada um dos 13 cromossomos do conjunto haploide da espécie.
Os gametas da perereca triploide formarão descendentes viáveis com 26 cromossomos em cada
célula somática, resultantes do mecanismo pós-zigótico por causa das diferenças
comportamentais durante o acasalamento.
Os descendentes triploides tentam cruzar com os parentais portadores de 52 cromossomos em
cada célula somática, mas, em geral, são estéreis por causa da dificuldade do pareamento entre
os quatro conjuntos de cromossomos.
A espécie tetraploide apresenta mecanismo pré-zigótico de isolamento reprodutivo de inviabilidade
do híbrido, no qual os descendentes são vigorosos, porém estéreis.