Leia o poema e responda ao que se pede.
Mas a taba cresceu... Tigueras* agressivas,
Para trás! Agora o asfalto anda em Tabatinguera.
Mal se esgueira um pajé entre locomotivas
E o forde assusta os manes** lentos do Anhanguera.
[...]
Segue pra forca da Tabatinguera. Lento
O cortejo acompanha a rubra cadeirinha
Pro Ipiranga. Será que em tão pequeno assento
A marquesa botou sua imperial bundinha!...
Mário de Andrade, “Tabatinguera”, Losango Cáqui (1924). In: Poesias completas v.1. São Paulo: Martins Fontes, 1979.
* área plantada onde já se fez a colheita.
** alma dos mortos, restos mortais.
a) Identifique um aspecto mencionado no poema que justifique a expressão “a taba cresceu”.
b) Destaque um argumento histórico e outro de caráter estético para o emprego de expressões indígenas no poema.
c) Explique as condições históricas que favoreceram a citação do “asfalto”, das “locomotivas” e do “forde”.