A estratificação social no Brasil Colonial fundou-se precisamente no deslocamento imaginário da
noção desigualadora de “Escravo”, para a coordenada de contrários fundada sob a perspectiva da
diferença entre homens livres e escravos. Nessa perspectiva, um indivíduo não está escravo, ele é
escravo, e toda a violência maior do modelo de estratificação social típico do Brasil Colonial esteve
alicerçada nesse deslocamento, nessa transformação de uma contradição em contrariedade, nessa
estratégia social imobilizadora.
Referência: BARROS, José D'Assunção. Escravidão Clássica e Escravidão Moderna. Desigualdade e Diferença
no Pensamento Escravista: uma comparação entre os antigos e os modernos. Ágora. Estudos Clássicos em
Debate 15, 2013, p. 211-12. Adaptado.
O processo histórico descrito no texto apresenta como uma de suas principais características a
a) ascensão social.
b) servidão voluntária.
c) privação de direitos.
d) proibição constitucional.
e) preservação da autonomia.