“52. Os escravos estão sob o poder dos seus donos. Esse
poder funda-se no direito das nações, como observamos
em toda parte; os donos têm o poder de vida e morte sobre
seus escravos. [...] 55. Também temos sob nosso poder os
filhos nascidos de casamento legítimo. Este direito é único
dos cidadãos romanos, pois não há outros povos que
tenham poder sobre seus filhos como nós [...] 108. Agora
vejamos as pessoas que estão sob nosso poder por
casamento. Este é um direito, também, privativo dos
cidadãos romanos. Embora homens e mulheres possam
estar sob o poder de outrem, apenas as mulheres podem
estar sob a autoridade no casamento.”
FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir
dos documentos. 2 ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2003, p. 99-100.
O texto acima, do jurista romano Gaio, escrito
aproximadamente em 160 d.C, expressa valores
a) do pátrio poder dos homens romanos que, por terem a
posse, poderiam comprar e vender seus escravos, seus
filhos e suas esposas.
b) de uma sociedade patriarcal centrada na questão dos
direitos do pater familias.
c) éticos e políticos que caracterizam a república romana
e o poder dos homens no período.
d) de uma sociedade em que a aristocracia romana se
devotou à ostentação de suas propriedades, inclusive de
escravos, filhos e mulheres.
e) da sociedade romana que, independentemente de sua
forma de governo, sempre se caracterizou pela busca
do equilíbrio dos pais de família romanos.