Em 1789, a colônia francesa das Índias Ocidentais de
São Domingos representava dois terços do comércio
exterior da França e era o maior mercado individual
para o tráfico negreiro europeu. Era parte integral da
vida econômica da época, o orgulho da França e a
inveja de todas as outras nações imperialistas. A sua
estrutura era sustentada pelo trabalho de meio milhão
de escravos. Em agosto de 1791, passados dois anos
da Revolução Francesa e dos seus reflexos em São
Domingos, os escravos se revoltaram. Em uma luta
que se estendeu por dois anos, eles derrotaram os
brancos locais e os soldados da monarquia francesa.
JAMES, C.L.R. Os jacobinos negros. Toussaint L’Overture e a
revolução de São Domingos. São Paulo: Boitempo, 2000, p. 15.
A Revolução de São Domingos repercutiu de forma
intensa por toda a América escravista. Nunca mais as
classes dominantes nas colônias americanas iriam
permitir que uma revolta de escravos assumisse tais
proporções. Segundo país a se tornar independente nas
Américas, depois dos EUA, a independência, no
entanto, não fez do país Haiti uma sociedade justa,
pois
a) apesar das lutas, a revolução não conseguiu
extinguir com a escravidão, sendo a repressão tão
violenta que quase extinguiu com a mão de obra
escrava.
b) apesar de ter destruído a escravidão à força, a
estrutura que se fixou manteve muito da antiga
estrutura colonial, como a grande propriedade e a
monocultura exportadora
c) não conseguiu extinguir a escravidão e criou uma
estrutura fundiária desigual, com a posse das terras nas
mãos de novos proprietários, oriundos de outras
colônias ou países.
d) apesar de ter destruído a escravidão, o poder
político e a propriedade da terra ficaram nas mãos de
antigos chefes militares franceses.
e) apesar de ter destruído a escravidão, a nova elite
local, que chegou ao poder, manteve a França como
principal parceiro comercial e a antiga estrutura de
privilégios.