A lei n. 2.040, de 28 de setembro de 1871, conhecida como
Lei do Ventre Livre, ou Lei Rio Branco, é considerada um
marco no processo abolicionista brasileiro e, assim como a
Lei Euzébio de Queiroz (1850) e a Lei dos Sexagenários
(1885), fez parte de um conjunto de medidas que
buscavam equacionar o problema da escravidão no
Império, culminando na promulgação da Lei Áurea em
1888.
Se os negreiros do Parlamento não tratarem de libertar já estes pobres
escravos de 60 anos, nós, o povo, os libertaremos (E esta a atual atitude
do povo fluminense).
Fonte: Revista Ilustrada, ano 10, n. 409, 11 de abril de 1885, p. 01
A charge acima mostra que, no Império brasileiro, houve
grande resistência à lei que declarava livres os filhos
nascidos de mulher escrava.
Qual dos fatores elencados abaixo NÃO contribuiu para
essa resistência?
a) O pensamento corrente na época de que a escravidão
cumpria um papel civilizador, devendo ser abolida não
por lei, mas pela própria evolução da sociedade.
b) O medo de uma guerra social que, segundo o
pensamento do período, se seguiria após a abolição dos
cativos.
c) A oposição do imperador Pedro II, que via na
permanência do trabalho escravo um dos principais
fatores da riqueza do Império e da manutenção da
ordem social.
d) A questão da indenização dos proprietários de
escravos, uma vez que, para seus senhores, os escravos
representavam parte de sua propriedade.
e) A previsão de um fundo de emancipação para
promover anualmente a libertação de certos escravos,
transformando as relações entre senhores e escravos.