Vistas em conjunto, as aspirações ruralistas não eram
contraditórias ou incompatíveis com o programa
desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek. A ideia de
incompatibilidade entre O projeto nacional-
desenvolvimentista e os interesses agrários era uma
ficção.
(Adaptado de Vânia Moreira, “Os Anos JK: industrialização e modelo oligárquico
de desenvolvimento rural”, em Jorge Ferreira e Lucília Delgado (Orgs.), O Brasil
Republicano. v. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 169-170.)
Considerando a composição do setor rural nacional e o
programa desenvolvimentista do governo JK, é correto
afirmar que:
a) A "Marcha para o Oeste” obteve grande êxito porque,
além dos grandes ruralistas, conseguia atender também
aos interesses dos pequenos posseiros, trabalhadores
sem terra e indígenas.
b) O desenvolvimentismo atendia às ambições da oligarquia
rural, em função das políticas de modernização da
agricultura, permitindo que ela se beneficiasse da
expansão do mercado consumidor, um dos
desdobramentos da industrialização.
c) O Plano de Metas do governo JK fracassou porque os
interesses do agronegócio se mostraram posteriormente
inconciliáveis com as demandas da velha oligarquia rural
das regiões Norte e Centro-Oeste.
d) Os interesses agrários e o projeto de industrialização do
nacional-desenvolvimentismo eram compatíveis porque o
Partido Trabalhista Brasileiro era composto
principalmente pela oligarquia rural.