A origem da sociedade em rede decorre do
desenvolvimento dos meios de transporte, das
comunicações e da transmissão de energia, característica
essencial da organização espacial da sociedade moderna
— uma sociedade umbilicalmente ligada à evolução da
técnica, à aceleração das interligações e da movimentação
das pessoas, de objetos e de capitais sobre os territórios.
Nesse contexto, tem lugar a mudança, associada à rapidez
do aumento da densidade e da escala da circulação.
(Adaptado de Ruy Moreira, Da região à rede e ao lugar: a nova realidade e o novo olhar
geográfico sobre o mundo. etc... espaço, tempo e crítica. n. 1(3), p. 57,2007.)
No mundo contemporâneo, as redes configuram uma nova
forma de organização geográfica das sociedades porque
a) colocam todos os lugares em conexão, garantem
fluidez ao processo global de produção e
homogeneizam os espaços.
b) anulam a importância dos territórios e fronteiras
nacionais na articulação da geopolítica mundial,
reconfigurando a geografia do poder.
c) constituem sistemas usados livremente pelas
sociedades em busca de projetos emancipatórios,
ampliando os conflitos e as disputas políticas.
d) sobrepõem-se, na escala mundo, às configurações
regionais do passado, impondo um novo
funcionamento reticular e hierárquico aos territórios.