A partir da segunda metade da década de 1960, a
produção de um gênero cinematográfico extravagante
ganha força no Brasil: a pornochanchada. Num primeiro
momento esta se mostrou como uma comédia leve, apesar
de algumas cenas de nudez parcial, mas logo evoluiu para
o que já era praticado pelo resto do mundo: a exploração
do erotismo e da sensualidade no Cinema para atender a
um crescente mercado de consumo.
(Adaptado de Ildembergue Leite de Souza e André Luiz Maranhão de Souza Leão, A
transposição de mitos na intertextualidade entre Cinema e Publicidade. Intercom, Revista
Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 242-262, dez. 2014.)
Sobre a vida cultural no Brasil das décadas de 1960 e
1970, é correto afirmar que:
a) O período ficou marcado pelo esvaziamento da cena
cultural, com baixo dinamismo nos campos da
produção teatral, musical e cinematográfica. Apenas
os gêneros ligados ao erotismo se expandiram, por
não serem considerados transgressores.
b) A pornochanchada foi financiada pelo capital
estrangeiro no Brasil durante o regime militar, pois a
indústria cinematográfica, em razão dos seus altos
custos, passou a ser fomentada sobretudo por
empresas norte-americanas.
c) O gênero pornochanchada pode ser considerado um
movimento de contracultura por seu caráter de
contestação política, através da linguagem chula, e por
suas estreitas conexões com produtores culturais
ligados à Tropicália.
d) A explosão dos filmes do ciclo da pornochanchada e
seu sucesso de público ocorreram em um contexto
marcado, de um lado, pela revolução sexual, e, de
outro, pela censura ao conteúdo veiculado no cinema e
na TV.