Fernando Collor de Mello fez o discurso mais
longo de posse da história republicana: a
leitura ocupou 55 minutos. Depois de trinta
anos, era o primeiro presidente da República
eleito diretamente pelo voto popular. Havia
muita expectativa, especialmente sobre as
medidas econômicas — a inflação dos dois
primeiros meses do ano chegou a 169,7%. A
conjuntura internacional estava passando por
uma transformação radical, após a queda do
muro de Berlim, em 1989, e a desestruturação
do que era conhecido como mundo socialista,
com a dissolução da União Soviética, em 1991.
(FERNANDO COLLOR DE MELLO, 2022)
Com uma plataforma política baseada numa suposta
“modernização” do país e com a promessa de lutar contra a
corrupção e os “marajás”, além de proteger os “descamisados”,
Collor procurou encarnar a modernidade e a esperança de
justiça social.
Em março de 1990, surpreendeu a todos com a implementação
do chamado Plano Collor I, que estabelecia medidas drásticas,
como
A) a extinção do Serviço Nacional de Informações e a
estatização da USIMINAS.
B) o confisco por 18 meses de recursos depositados
em contas bancárias e cadernetas de poupança e a
substituição do Cruzado pelo Cruzado Novo na cotação
de 1x1.
C) a eliminação de estruturas de apoio à cultura e a
privatização da Petrobrás.
D) o congelamento de preços e salários e a substituição
do overnight pelo Fundo de Aplicações Financeiras,
lastreados em papéis públicos.
E) a criação do Comitê de Controle das Empresas Estatais e
a eliminação dos subsídios e incentivos fiscais.