A noção de uso econômico do tempo adotado pela burguesia foi, ao longo do tempo, internalizada pelos
operários por meio de instituições que aplicavam essa ideologia do ponto de vista moral. O próprio tempo não
é neutro: é marcado em nossa sociedade por meio de seu uso social. A noção de tempo que achamos ser
natural, hoje em dia, é uma construção de classe; uma construção moral pautada em relações de produção.
O controle do tempo é também uma estratégia disciplinar do trabalho.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Cia. das Letras, 1998. p. 296. (Adaptado)
De acordo com o texto e com os seus conhecimentos, analise as afirmativas abaixo.
|. Com o surgimento das fábricas e com a necessidade de controlar o tempo da produção, o controle social
do tempo passou a ser efetivado para regular o trabalho dos operários.
Il. As fábricas trouxeram uma nova maneira de usar o tempo: o chamado “tempo da fábrica”, isto é, o tempo
do relógio, o tempo sincronizado, permeado pelas relações de produção nas fábricas e quase sempre
relacionado com a produtividade.
Ill. Em sociedades não-industrializadas ou pré-industriais, a medição do tempo está relacionada com as
tarefas domésticas do cotidiano e com processos familiares no ciclo de trabalho.
IV. Na Inglaterra, somente as fábricas ajudaram a impor o uso econômico do tempo na vida social e doméstica.
Tanto as igrejas quanto as escolas dominicais atuaram no combate à disciplina moral e fabril em benefício
dos trabalhadores.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
A) Apenas llle IV.
B) Apenasle ll.
C) Apenas ll, Ille IV.
D) Apenas |, Ile III.