“Em análise do sistema carcerário do estado de São Paulo entire os anos de 2007 e 2014, a
pesquisadora Dina Alves aponta que: “no período analisado, enquanto a taxa de encarceramento masculino
aumentou em 48%, a taxa de mulheres encarceradas teve um aumento de 127%, evidenciando o crescimento
proporcional das mulheres no sistema prisional. Ao traçar o perfil das 14.810 mulheres encarceradas, é possível
visualizar uma linha de cor e de gênero nas prisões paulistanas: as negras compõem 67% do total; as jovens
entre 18 e 29 anos representam 50%; as mulheres que não concluíram o ensino fundamental, 50%; e as que
foram condenadas com penas de até oito anos de reclusão compõem o universo de 63%.”
Alves, Dina. Rés negras, juízes brancos: uma análise da interseccionalidade de gênero, raça e classe na produção
da punição em uma prisão paulistana. Revista CS, 21. Cali, Colombia: Facultad de Derecho y Ciencias Sociales,
Universidad Icesi. 2017, pp. 97-120.
A) De que maneira a presença desproporcional de mulheres negras no sistema carcerário pode evidenciar a
existência do racismo estrutural no Brasil?
B) Cite e explique duas políticas públicas ou ações de combate à desigualdade racial no contexto brasileiro
atual.