Leia o segmento abaixo.
"Não vamos desistir de nossos cartuns", disse o presidente francês, Emanuel Macron, durante uma
homenagem a Samuel Paty, o professor francês que foi decapitado por mostrar desenhos do profeta
Maomé em um debate sobre liberdade de expressão na sala de aula. [...] O assassinato de Paty
ocorreu duas semanas depois que o presidente francês descreveu o Islã como uma religião "em crise"
e anunciou novas medidas na França para lidar com o que chamou de "separatismo islâmico". E então,
em uma cerimônia em homenagem ao professor decapitado, Macron elogiou Paty e prometeu
"continuar essa luta pela liberdade, essa luta pela defesa da República da qual ele se tornou o rosto".
As representações do profeta Maomé são consideradas tabu no Islã e são ofensivas para muitos
muçulmanos. Mas o secularismo do Estado é fundamental para a identidade nacional da França. E, de
acordo com o Estado francês, restringir a liberdade de expressão para proteger os sentimentos de
uma comunidade em particular prejudica a unidade.
Adaptado de: Macron, o demônio de Paris: por que há tanta revolta contra presidente francês no mundo islâmico.
BBC. 30/10/2020. Disponível em: .
Acesso em: 08 out. 2022.
Os conflitos e tensões políticas noticiados na reportagem da BBC estão diretamente relacionados com
a forma de concepção do estado francês, que diz respeito
(A) à perseguição às comunidades religiosas.
(B) à defesa dos valores ocidentais e cristãos.
(C) à laicidade do estado.
(D) à defesa das fronteiras francesas.
(E) ao direito do estado de restringir a liberdade de expressão dos cidadãos.