Quando Carlos Lacerda
assumiu a função de primeiro
governador do estado da
Guanabara, em 1960, as
favelas estavam em expansão
na cidade. Durante seu
governo, iniciou-se a política
de remoção, ou seja, O
processo de transferência
de algumas favelas para
lugares distantes, o que gerou
muito descontentamento e
protestos. Surgiram conjuntos
habitacionais como Cidade de Deus, em Jacarepaguá, Vila Kennedy, em Senador
Camará, Vila Aliança, em Bangu, e Vila Esperança, em Vigário Geral, compostos
por pequenas unidades padronizadas, servidas por transportes públicos insuficientes
e distantes dos empregos da maioria. Hoje, quem passa pelo Parque da Catacumba,
na Lagoa, pelos prédios da chamada Selva de Pedra, no Leblon, ou pelo campus da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Maracanã, nem imagina que esses
espaços abrigaram as três maiores favelas da cidade nos anos 1960: Catacumba, Praia
do Pinto e Esqueleto, respectivamente.
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FEM ES — al.)
Antiga favela do Esqueleto
A favela do Esqueleto tinha esse nome pois, em seu terreno, havia o esqueleto da
construção inacabada de um hospital. Grande parte de seus moradores foi assentada
na Vila Kennedy.
Adaptado de multirio.rio.rj.gov.br.
Iniciada ainda no antigo estado da Guanabara, durante o governo de Carlos Lacerda, as remoções
de favelas inseriam-se no projeto de intervenção estatal para expansão da cidade.
Um objetivo e um efeito das remoções então efetivadas foram, respectivamente:
(A) redefinição da divisão distrital - captação de recursos administrativos
(B) integração de área desabitada — racionalização de moradias populares
(C
(D
) valorização da especulação imobiliária — gentrificação de logradouros urbanos
hierarquização da distribuição demográfica — modernização de redes rodoviárias