Para Karl Marx, a religião, nas sociedades capitalistas,
faz parte da superestrutura do social e é uma forma de
ideologia que contribui na manutenção dessas sociedades. De
outro modo, a religião é uma forma ideológica que, nas
sociedades organizadas pelo Capital, se torna expressão de
alienação ao distorcer as reais condicionalidades de exploração
do trabalho e de dominação de uma classe sobre outras.
Contudo, a religião é, também, para Marx, uma compensação
ideal, um meio de evasão e de refúgio da realidade
massacrante da sociedade capitalista para as classes subjugadas
pelo capitalismo. Desta feita, pode ser interpretada, também,
como uma espécie de protesto contra a miséria da realidade.
Nas palavras de Marx, a religião é o suspiro da criatura
oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de
uma situação carente de espírito. Ela é o ópio do povo.
Partindo do exposto, é correto concluir que
A) os religiosos enxergam de forma distorcida a realidade
social de exploração capitalista, mas, trabalham duro
contra as forças da ideologia econômica.
B) se entendida como forma ideológica da realidade social
no capitalismo, a religião é consolo das classes dominadas
e justificativa da exploração.
C) arealidade da opressão do mundo capitalista é
apaziguada no pensamento religioso e tal dureza só é
revelada no conforto da vida após a morte.
D) amiséria e a pobreza da sociedade capitalista revelam a
miséria da religião e, assim, retiram do entorpecimento
todas as consciências espiritualizadas.