Njinga dizia que não queria a paz com os portugueses
porque os portugueses haviam aprisionado sua irmã e não
queriam libertá-la. O padre Serafim de Cortona escreveu,
então, para o governador português de Angola, pedindo-
lhe que libertasse a irmã de Njinga, com o que faria grande
serviço a Deus e ao rei, com a introdução “da nossa santa
fé naquelas partes”. A favor da devolução, disse ainda que
assim acabaria a já longa guerra e se abriria o “comércio ao
resgate dos negros”.
(Marina de Mello e Souza. Além do visível: Poder, Catolicismo e Comércio
no Congo e em Angola (Séculos XVl e XV!l), 2018. Adaptado.)
O episódio é relatado pelo padre Serafim de Cortona em um
documento escrito em 1658 sobre Njinga, rainha de territórios
do interior da África. Para o sacerdote,
(A) o fim da exploração do trabalho escravo dependia da
conversão dos nativos ao cristianismo.
(B) os povos do continente africano viviam em paz política
antes da chegada dos colonizadores.
(C) as decisões políticas dos colonizadores prejudicavam o
crescimento econômico das tribos africanas.
(D) as populações de religiões fetichistas resistiam com des-
temor às invasões europeias.
(E) os diversos interesses religiosos, políticos e econômicos
dos colonizadores eram complementares.