No correr do século IV, [ocorrem] a transformação do
cristianismo de religião perseguida em religião de Estado e
a transformação de um deus rejeitado em um Deus oficial.
Os homens e as mulheres que vivem na Europa ocidental
passam, em poucos decênios, do culto de uma multiplicidade
de deuses a um Deus único. [...] Quando chega o cristianis-
mo, Deus assume um D maiúsculo. Isso marca com clareza
a tomada de consciência da passagem para o monoteísmo.
(Jacques Le Goff.
O Deus da Idade Média, conversas com Jean-Luc Pouthier, 2017.)
Essas transformações, descritas no excerto,
(A) implicaram as fusões do classicismo com a tradição reli-
giosa de origem hebraica.
(B) inauguraram na história a tolerância política para com as
crenças religiosas.
(C) resultaram na separação entre o poder político e as insti-
tuições religiosas.
(D) favoreceram as pequenas comunidades religiosas inde-
pendentes em Roma.
(E) aboliram a concepção pagã da grande diferença entre
deuses e homens.