“O Primeiro passo da diplomacia denominada Pragmatismo Responsável
e Ecumênico do chanceler Antônio Azeredo da Silveira foi aproximar-se
dos países árabes. O Itamaraty permitiu a instalação de um escritório da
Organização para Libertação da Palestina (OLP) em Brasília, apoiou o
voto antissionista na ONU — na verdade, uma condenação ao racismo,
que incluia o sionismo como uma de suas formas — e adotou uma intensa
política exportadora de produtos primários, industriais e serviços em
troca de fornecimento de petróleo. Mais do que isso, o Brasil adotou uma
intima cooperação com potencias regionais como Argélia, Líbia, Iraque e
Arábia Saudita para prospecção no Oriente Médio por meio da Braspetro
e para o desenvolvimento tecnológico e industrial-militar (venda de armas
brasileiras e projetos comuns no campo dos mísseis, por exemplo).”
(Vizentini, Paulo F. Relações Internacionais do Brasil — de Vargas a Lula.
São Paulo, FPA, 2003, p. 51)
O texto acima descreve um momento das relações internacionais do Brasil
conhecido como Pragmatismo Responsável. Sobre essa diplomacia, é correto
afirmar que
a) ocorreu durante a Ditadura Militar e além da aproximação com os países
árabes, restabeleceu relações com o campo socialista; em especial, com a
República Popular da China.
b) foi desenvolvida durante o governo de João Goulart e tem como principal
característica a aproximação com os países do Terceiro Mundo e o
distanciamento das antigas potências aliadas ao Brasil.
c) marcou as relações Internacionais do governo Lula por aproximar o Brasil
dos países árabes e incrementar as relações econômicas com países alinhados
à esquerda política, especialmente Cuba.
d) tem seu auge na década de 1970 e foi caracterizada pela negação do Estado
de Israel, rompimento com o bloco socialista e distanciamento dos países
africanos e do leste europeu.
e) foi responsável, durante o segundo governo Vargas, por aumentar as
oposições de setores conservadores da política brasileira e dos EUA,
contribuindo para o suicídio do presidente.