“Em 632, a grande discussão provocada pela morte de Maomé era quem
deveria sucedê-lo como principal líder político da comunidade islâmica.
Embora Abu Bakr (sogro de Maomé) tenha sido escolhido como primeiro
califa, muitos defendiam que a liderança deveria ser exercida por Ali, genro
do profeta, casado com sua única filha viva na época. Do casamento
nasceram dois filhos, herdeiros diretos de Maomé. Para os seguidores de
Ali, apenas os descendentes em linhagem direta com o profeta (portanto,
as gerações nascidas de seus dois netos) deveriam assumir o controle,
uma vez que teriam sido escolhidos por Alá”.
Michel Reeber. Religiões: mais de 400 termos, conceitos e ideias. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2002, p.259
O texto aponta para a(o)
a) início de um conflito civil no Império Islâmico, contribuindo para a perda
de unidade política e religiosa entre os seguidores do profeta Maomé.
b) divisão do mundo islâmico após a morte do profeta Maomé, contribuindo
para o surgimento de duas importantes divisões do Islã: os xiitas e os sunitas.
c) formação do califado, com a dinastia Omiada, governado pelos descendentes
diretos do profeta Maomé, o que, por sua vez, deu Início à expansão islâmica.
d) perda da unidade política, em virtude do início da guerra civil entre as
comunidades islâmicas, mas com a manutenção da crença no Corão e na
Suna.
e) imposição do poder centralizado em torno dos descendentes diretos do
profeta Maomé, com a perseguição e eliminação de todos os grupos
opositores.