Em 1939, atendendo ao apelo do Papa Pio XII, o Conselho de
Imigração e Colonização do Ministério das Relações Exterio-
res do Brasil resolveu autorizar a entrada de 3000 imigran-
tes de origem “semita”. Condição sine qua non para obter “o
visto da salvação”: a conversão ao catolicismo. Pressionados
pelos acontecimentos que marcavam a história do II Reich,
os judeus, mais uma vez, foram obrigados a abandonar seus
valores culturais em troca do título de cristão.
[Maria Luiza Tucei Cameiro, O anti-semitismo na era Vargas (1930-1945)]
A situação apresentada tem semelhança com o processo his-
tórico da
(A) permissão apenas do culto católico no Brasil, conforme
preceito presente na primeira Constituição, de 1891
(B) repressão ao arraial de Canudos, no sertão baiano, pois
recaiu sobre os sertanejos a acusação de ateísmo.
(C) obrigatoriedade, conforme costume colonial, dos negros
alforriados de conversão ao catolicismo para a obtenção
da efetiva liberdade.
(D) conversão obrigatória dos judeus na Espanha e em Por-
tugal, a partir do final do século XV, o que gerou a deno-
minação cristão-novo.
(E) separação entre Estado e Igreja no Brasil, determinada
pelo Governo Provisório da República, comandada por
Deodoro da Fonseca.