No século XIX, o movimento mais amplo é a Revolução
Industrial, cuja força-motora é a Grã-Bretanha, que passa
a ocupar, sem o menor esforço, o lugar da Espanha e de
Portugal na América do Sul, tanto para escoar seus produtos
industriais como para controlar os circuitos comerciais. Os
novos Estados endividam-se para comprar as maravilhas da
indústria inglesa e os ingleses contentam-se em fazer negó-
cios. Em Cuba, as companhias norte-americanas apropriam-
-se das terras açucareiras. Pouco depois, as planícies da
América Central são atacadas: está nascendo o império ba-
naneiro, controlado por Boston.
(Marc Ferro. Histórias das colonizações, 1996. Adaptado.)
O excerto alude
(A) à crise da política colonialista de Portugal e Espanha,
marcada pelo liberalismo, diante do triunfo de práticas
mercantilistas.
(B) ao pioneirismo industrial da Grã-Bretanha e dos Estados
Unidos, financiado pelos lucros do monopólio sobre suas
colônias sul-americanas.
(C) ao imperialismo britânico e estadunidense na América
Latina, baseado nas relações mercantis e na intervenção
militar.
(D) à política de boa vizinhança estadunidense, responsável
por sua hegemonia econômica na América Latina em
prejuízo dos países ibéricos.
(E) ao processo de emancipação das Américas Espanhola e
Portuguesa, com a intervenção militar britânica e estadu-
nidense no continente.