Havia muito capital e muita riqueza entre os lavradores
de cana, alguns ligados por laços de sangue ou matrimônio
aos senhores de engenho. Havia também um bom número
de mulheres, não raro viúvas, participando da economia açu-
careira. Digno de nota até o fim do século XVIII, contudo, era
o fato de os lavradores de cana serem quase invariavelmente
brancos. Os negros e mulatos livres simplesmente não dispu-
nham de créditos ou capital para assumir os encargos desse
tipo de agricultura.
(Stuart Schwartz. “O Nordeste açucareiro no Brasil Colonial”.
In: João Luis R. Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (orgs).
O Brasil Colonial, vol 2, 2014.)
O excerto indica que a sociedade colonial açucareira foi
(A) organizada em classes, cuja posição dependia de bens
móveis.
(B) apoiada no trabalho escravo, principalmente o dos lavra-
dores de cana.
(C) baseada na “limpeza de sangue”, portanto se proibia a
miscigenação.
(D) determinada pelos recursos financeiros, o que impedia a
mobilidade.
(E) hierarquizada por critérios diversos, tais como a etnia e
riqueza.