Certas substâncias tóxicas, como a peçonha de
cobras, têm efeitos fulminantes no organismo,
podendo matar a pessoa antes que ela consiga
produzir anticorpos suficientes para sua defesa.
Nessas situações de urgência, o tratamento é
feito pela injeção de soro imune, que tem grande
quantidade de anticorpos específicos obtidos
a partir do sangue de um animal previamente
imunizado.
O soro é preparado injetando-se em animais como,
por exemplo, cavalos, doses sucessivas e crescentes
do antígeno contra o qual se deseja obter os
anticorpos específicos. Em seguida, são feitas
sangrias nos cavalos para avaliar a concentração
de anticorpos produzidos e presentes no plasma.
Quando essa concentração atinge a quantidade
desejada, é realizada a sangria final para obtenção
do soro.
No final do processo, hemácias, plaquetas e
leucócitos retirados são devolvidos novamente
aos cavalos, o que visa reduzir os efeitos colaterais
provocados pelas sangrias.
A aplicação do soro na vítima de picada de
cobra não confere imunidade permanente, pois
a memória imunitária não é estimulada, e os
anticorpos injetados desaparecem da circulação
em poucos dias.
Sobre as várias etapas do processo de imunização
descritas no texto é correto afirmar que
(A) a pessoa picada por cobra venenosa deverá
tomar soro, pois este contém os antígenos
específicos que irão neutralizar o veneno.
(B) a aplicação de soro ou vacina em uma vítima
de picada de cobra são processos indiferentes
porque ambos possuem anticorpos.
(C) os anticorpos específicos produzidos contra
o veneno da cobra, e injetados na vítima,
permanecem ativos no sangue durante toda a
vida do receptor.
(D) o soro não possui função preventiva, sendo
usado apenas como forma de tratamento,
pois contém anticorpos prontos para o uso em
seres humanos.
(E) a devolução das células sanguíneas aos
animais é importante porque, como as
hemácias atuam na defesa, isso impede a
manifestação de processos infecciosos nos
cavalos.