O ano de 1968 ficou conhecido pela efervescência
social, tal como se pode comprovar pelo seguinte trecho,
retirado de texto sobre propostas preliminares para uma
revolução cultural: “É preciso discutir em todos os lugares
e com todos. O dever de ser responsável e pensar
politicamente diz respeito a todos, não é privilégio de uma
minoria de iniciados. Não devemos nos surpreender com o
caos das ideias, pois essa é a condição para a emergência
de novas ideias. Os pais do regime devem compreender
que autonomia não é uma palavra vá; ela supõe a partilha
do poder, ou seja, a mudança de sua natureza. Que
ninguém tente rotular o movimento atual; ele não tem
etiquetas e não precisa delas”.
“Joumal de la comuna etudianto. Texts et
documents. Paris: Seu, 1900 (adaptado)
Os movimentos sociais, que marcaram o ano de 1968,
O foram manifestações desprovidas de conotação
política, que tinham o objetivo de questionar a rigidez
dos padrões de comportamento social fundados em
valores tradicionais da moral religiosa
O restringiramse às sociedades de - países
desenvolvidos, onde a industrialização avançada, a
penetração dos meios de comunicação de massa e a
alienação cultural que deles resultava eram mais
evidentes
O resultaram no fortalecimento do conservadorismo
político, social e religioso que prevaleceu nos países
ocidentais durante as décadas de 70 e 80.
O tiveram baixa repercussão no plano político, apesar de
seus fortes desdobramentos nos planos social e
cultural, expressos na mudança de costumes e na
contracultura
@ inspiraram futuras mobilizações, como o pacifismo, o
ambientalismo, a promoção da equidade de gêneros e
a defesa dos direitos das minorias.