Manuel Bandeira
Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado a
abandonar os estudos de arquitetura por causa da
tuberculose. Mas a iminência da morte não marcou de
forma lúgubre sua obra, embora em seu humor lírico haja
sempre um toque de funda melancolia, e na sua poesia
haja sempre um certo toque de morbidez, até no erotismo.
Tradutor de autores como Marcel Proust e William
Shakespeare, esse nosso Manuel traduziu mesmo foi a
nostalgia do paraíso cotidiano mal idealizado por nós,
brasileiros, óriãos de um país imaginário, nossa Cocanha
perdida, Pasárgada. Descrever seu retrato em palavras é
uma tarefa impossível, depois que ele mesmo já o fez
tão bem emversos.
Revista Língua Portuguesa, nº 40, fev. 2009.
A coesão do texto é construída principalmente a partir do(a)
(A) repetição de palavras e expressões que entrelaçam as
informações apresentadas no texto.
(B) substituição de palavras por sinônimos como “lúgubre” e
(C) emprego de pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos: “sua”, “seu”, “esse”, “nosso”, “ele”.
(D) emprego de diversas conjunções subordinativas que
articulam as orações e períodos que compõem o texto.
(E) emprego de expressões que indicam sequência,
progressividade, como “iminência”, “sempre”, “depois”.