Certos músicos agradavam tanto ao público da Corte por seu talento especial como
virtuose ou como compositor, que sua fama se espraiava para além da Corte local onde
estavam empregados, chegando aos mais altos níveis. Eram chamados para tocar nas Cortes
dos poderosos, como aconteceu com Mozart; imperadores e reis exprimiam abertamente
prazer com sua arte e admiração por suas realizações. Tinham permissão para jantar à
mesma mesa — normalmente em troca de uma execução ao piano; muitas vezes se
hospedavam em seus palácios quando viajavam e assim conheciam intimamente seu estilo de
vida e seu gosto.
ELIAS, N. Mozart, sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995 (adaptado).
Com base no caso descrito, qual elemento histórico do Antigo Regime contrasta com o trânsito
de intelectuais e artistas pelas Cortes?
(A) Rigidez das estruturas sociais.
Fragmentação do poder estatal.
Autonomia de profissionais liberais.
Harmonia das relações interindividuais.
Racionalização da administração pública.
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